sábado, 26 de setembro de 2009

P1T3 Português -> Lenita

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Literatura 
(Perdi muitas aulas da Lenita!!! Então vou por o básico, o resto, inclusive a tal da aula com slides, espero que vocês se recordem ;// )


 OBS: LEIAM os poemas que tão aqui, não ignorem por que são apenas poemas, há grande possibilidade de caírem na prova... 




Modernismo: 


- reação conta o parnasianismo, o realismo, o romantismo;
- busca da independência da cultura brasileira;
- liberdade no vocabulário, na estrutura sintática, nos temas e na visão do mundo;
- linguagem simples, viva, clara, espontânea, coloquial;
- nacionalismo no sentido de valorização daquilo que é nosso.


Semana de Arte Moderna:
Foi completamente inovador, passou a expressar a cultura brasileira, grande parte da alta sociedade vaiou a iniciativa.


 Mario de Andrade - Papa do modernismo
Autor de Macunaíma (acho difícil de esquecer a narração da obra, mas se quiserem aqui tem um resumo...)


Outros autores que se destacaram foram: Oswaldo de Andrade, Manoel Bandeira.




Segunda Fase do Modernismo - Poesia


Carlos Drummond de Andrade: foi o mais importante poeta modernista, caracterizado pela visão crítica da realidade social, frequentemente expressada através do humor e da ironia; certo desencanto com relação à vida, revelando certo pessimismo.


Poemas famosos (medo que a Lenita faça aquela coisa de por um trecho de poema de novo, já que ela leu esses em sala..): 


Quadrilha
"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história".



Poema das sete faces (fiz um "X" ao lado desse na apst, não lembo se significa algo...)





Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

José
E agora, José?


A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José? (...)"

Cecília Meireles
Sua obra reflete uma atmosfera de sonho, de fantasia e, ao mesmo tempo, de solidão e padecimento.
Romance XXXIV ou e Joaquim Silvério
"Melhor negócio que Judas
fazes tu, Joaquim Silvério:
que ele traiu Jesus Cristo,
tu trais um simples alferes.
Recebeu trinta dinheiros...
- e tu muitas coisas pedes:
pensão para toda a vida,
perdão para quanto deves,
comenda para o pescoço,
honras, glórias, privilégios.
E andas tão bem na cobrança
que quase tudo recebes!

Melhor negócio que Judas
fazes tu, Joaquim Silvério!
Pois ele encontra remorso,
coisa que não te acomete.
Ele topa uma figueira,
tu calmamente envelheces,
orgulhoso e impenitente,
com teus sombrios mistérios.
( Pelos caminhos do mundo,
nenhum destino se perde:
há os grandes sonhos dos homens,
e a surda força dos vermes. )"






Mario Quintana (foi sobre ele os slides né?)
Predominam em suas obras, tanto nos poemas como nos poemas em prosa, temas prosaicos, num clima de humor mesclado de ternura e, às vezes, tristeza. Veja:
Horror:  Com seus OO de espanto, seus RR guturais, seu hirto H, HORROR é uma palavra de cabelos em pé, assustada da própria significação."
Revelação: "Durante as belas noites de tempestade, os relâmpagos tiram fotografias da paisagem."
Analfabetismo: " Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem."
Fé: " Uma das coisas que não consigo absolutamente compreender são aqueles que se convertem a outra religiões. Para que mudar de dúvidas?"
Poeminha do Contra
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!

Vinicius de Moraes
A Rosa de Hiroshima (Lido em sala)
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada

Lembram que ela falou que o mínimo que um vestibulando tem que saber são os três Sonetos de Moraes?
Vou colocar ai, só por garantia então (além de serem liiindos :D) 






Soneto do amor total


"Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude."




Soneto de fidelidade


"De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure"





Soneto da Separação


"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente."





Bem, acho que é isso de literatura, leiam a apostila 03, que é o melhor na real... 


(vou começar a fazer os resumos de gramática agora... logo depois da minha pausa de 41 minutos pra assistir o primeiro episódio da terceira temp. de Gossip  *-----* , esperem um pouquinho então ;x)


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