domingo, 6 de junho de 2010

P1T2 - Walter

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Idade Média

Século V a XI – ALTA Idade Média

Com a decadência de Roma, devido às invasões bárbaras, o cristianismo e a crise econômica, percebemos a formação dos feudos, onde senhores ofereciam proteção em troca de trabalho e impostos.
É um período de retrocesso, com muitas guerras e invasões bárbaras. As pessoas não tinham vontade (ambição) de trabalhar, não havia moeda (riqueza estava relacionada com a posse de terra), não existia possibilidade de ascensão social. Como não produziam excedentes, se a plantação fosse arruinada, todos passavam fome. Além disso, as pestes, relacionadas com a falta de higiene, devastavam a população (média de vida era de 20 anos!). Podemos definir aqui o apogeu do feudalismo (século VIII): isso não é algo bom, mas sim um período em que as características (essas ruins) estão com tudo.

Características Gerais do Feudalismo:

Havia um rei, mas ele mandava apenas no seu feudo, ou seja, o poder era descentralizado. A única relação estabelecida entre os feudos era a de suserania e vassalagem, que consiste em fidelidade militar entre aqueles que doaram terras (suseranos) e aqueles que as receberam (vassalos), assim sendo, era uma relação entre senhores feudais, que seguia a seguinte hierarquia: Reis – condes – viscondes – duques – barões – marqueses.
Dentro dos feudos havia a auto-suficiência, as pessoas plantavam e criavam aquilo que era necessário para a sobrevivência, não havendo necessidade de comércio com outros feudos. A relação estabelecida era entre Senhores e Servos, os senhores ofereciam proteção e os servos o trabalho, havia uma série de obrigações servis, como: Talha – 50% da produção era destinada ao senhor, Corvéia – deveriam trabalhar 3 dias na semana no campo do senhor, Banalidade – imposto pelo uso das instalações do feudo, Mão Morta – cada vez que o chefe de uma família morria essa família deveria pagar uma produção extra ao senhor, pela mudança do chefe, Primeira Noite – camponesas deveriam perder a virgindade com o Sr. Feudal.
A igreja nessa época detinha cerca de um terço das terras da Europa e também o monopólio cultural, assim tinha o poder de interpretação da realidade, definiam a trindade terrena, com servos trabalhando, nobres guerreando e clero orando, aqueles que cumpriam a sua função iam para o céu (Idéias de Santo Agostinho, caiu na UFSC ano passado). Havia cobrança de dízimos (em forma de alimentos para os pobres e terras para os nobres), o celibato (padres não casavam, assim a igreja não dividia terras, apenas somava) e a venda de cargos eclesiásticos e indulgências (perdão).  O clero era dividido em Secular = com a vida mundana sem escrúpulos (normalmente aqueles que compraram seus cargos eclesiásticos) e Regular = voto de pobreza, disciplinados em mosteiros (aqueles do pus, lembram? estilo franciscanos).

Século XI a XV – BAIXA Idade Média

Devido a esse período não podemos consideram a Idade Média como a Idade das Trevas, essa fase obscura foi até o século onze, depois disso temos um período de transição do mundo feudal decadente para um mundo capitalista. A igreja passa a compartilhar o conhecimento, através das universidades, surge a burguesia, catedrais góticas, etc.
Essa transição esta diretamente relacionada a uma crise no sistema feudal no século XI devido o fim das invasões bárbaras (por esgotamento militar), que gera crescimento populacional, que gera a fome. Isso enfraquece os feudos e o poder dos nobres, os servos passam a fugir dos feudos.
Em 1095 o Papa Urbano II determina a solução para o crescimento populacional, no Concílio de Clermont, as Cruzadas.

Cruzadas (1096 – 1270)

Consistiam em expedições militares cristãs em direção a terra santa, as causas que motivaram as Cruzadas foram a busca por novas terras, o ideal religioso e o domínio turco sobre Jerusalém, que proibia as peregrinações cristãs, e a tentativa de reunificar o cristianismo, que havia se separado com a Cisma do Oriente = divisão do cristianismo em Católico Apostólico Romano, na parte ocidental da Europa, comandada pelo Papa e a Igreja Cristã Ortodoxa Grega, no Império Bizantino, comandada pelo Imperador (foi uma divisão mais por cunho político do que religioso), mas a reunificação é fracassada, a passagem pela Constantinopla não é permitida, restando apenas o Mar como opção para chegar a Terra Santa.
Foram 10 cruzadas no total, sendo 2 delas não oficiais, a dos pobres e a das crianças, e 8 oficiais, organizadas pela nobreza e pela igreja. Uma delas foi a cruzada dos reis, envolvendo o rei da Inglaterra (Ricardo Coração de Leão! Do Robin Hood), o rei da França (resolveu retornar e atacar franceses) e o do Sacro Império Romano Germânico (ou Alemanha, se preferir, que morreu afogado), mas essa cruzada também foi fracassada.
O diferencial se fez a partir da quarta cruzada, em 1202, financiada pela burguesia italiana, a partir daí os ideais religiosos são deixados de lado, ocorre um saque a Constantinopla (cristãos apostólicos romanos x cristãos ortodoxos) e o comércio se sobrepõe.
As conseqüências das cruzadas foram a reabertura do Mar Mediterrâneo para as navegações cristãs, o intercâmbio comercial entre o Oriente e o Ocidente, o renascimento comercial e urbano na Europa.

Renascimento Urbano (século XII a XIII)

Devido a reabertura do Mar Mediterrâneo surgiram rotas continentais, para o comércio, uma das mais importantes era a Rota de Champagne (da Itália até a Holanda), com o comércio começaram a ser realizadas feiras, que ocorriam fora dos feudos mensalmente, circulavam artesãos, comerciantes, banqueiros, o gosto pelo comércio começou a contaminar a todos e as feiras tornaram-se fixas, surgem ai os Burgos.
Havia certos problemas para a expansão comercial: havia muitos assaltos, as medidas, pesos e valores (moedas começaram a existir) eram diversificados, os nobres cobravam pedágios e impostos. Assim surge a necessidade da formação de monarquias nacionais, o Rei se fortalece ao unir-se com a burguesia, que passou a financiar um exército oficial para o Rei (especializado em batalha, muito mais forte do que os exércitos dos senhores feudais), não havendo mais necessidade de vassalos. Com isso ocorre a expansão, a unificação e a padronização (surgem os países). O Rei passou a dar cartas de franquia, criando Comunas, comandadas por prefeitos.

Envolvimento da Igreja no Renascimento Comercial e Urbano:

A Igreja se vê obrigada a fazer adaptações devido à transição feudo-capitalista. Surgem idéias como as de São Tomás de Aquino que propõe que a fé está relacionada com a razão – Teoria Escolástica, baseada nas idéias de Aristóteles, onde é exposta a questão do livre arbítrio (contrariando as idéias do Santo Agostinho).
Se antes qualquer tipo de lucro era pecado, agora a Usura é permitida, aceitando o Preço Justo, ou seja, lucro é permitido desde que não seja abusivo. A moeda, que antes era vista como pecado, agora é liberada, a Igreja chega a fazer parcerias com bancos para vender perdão!
Como as cidades eram vistas como antros de pecado, foi definido que deveriam ser construídas grandes catedrais para redimir os pecados, as principais características das catedrais góticas eram torres altas (para chegar próximas de deus), construções assimétricas (pois cada comerciante financiava uma parte), vitrais coloridos (financiados pelas corporações de ofício) e esculturas (usadas como didática de evangelização).
O purgatório é criado, para reduzir a possibilidade dos burgueses irem para o inferno. E a Igreja passa a compartilhar os conhecimentos, com as universidades.
A quantidade de hereges (críticos da igreja) aumenta, criando grupos como os Cátaros, compostos por fieis apegados ao antigo sistema e que não concordavam com as mudanças ocorridas, é criada assim a inquisição, que se baseava em um sistema de torturas onde a conversão era forçada.

Crise do século XIV (triologia da Crise: guerra, peste e fome)

A Guerra dos 100 anos (1337 a 1453) embate entre a Inglaterra e a França com motivo político = a sucessão do trono francês, pois com o fim da Dinastia Capeto é escolhida uma nova família, a Valois. Mas ainda havia um Capeto vivo, o Rei Inglês, mas a França se recusa a aceitar o Rei Inglês (o nacionalismo estava em alta), argumentando com a Lei Sálica, que afirma ser proibida a sucessão do trono por parte de mãe. Assim a Inglaterra invade a França. Em 1417, na Batalha de Azincourt a Inglaterra vence (batalha chega a ser narrada por Shakespeare), e é feito o Tratado de Troyes, onde o filho do rei inglês deveria se casar com a filha do Rei Valois. Em 1430 há uma reação francesa e Joana D’Arc exalta o nacionalismo, levando a expulsão dos ingleses e vitória da França.
Em 1347 a Peste Negra, uma doença bubônica, com origem no oriente, devasta um terço da população européia, a peste é interpretada como castigo divino.
A fome foi causada por catástrofes naturais, mudança de clima, o que provoca uma queda na agricultura. A nobreza aumenta a opressão sobre os servos, esses se revoltam, fazendo rebeliões, na França, por exemplo, eram chamadas Jackeries.



Boa Prova! MeT by M

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